Poucos serão os sportinguistas que não terão já imaginado o cenário recorrente do clube nos últimos anos: falhar nos momentos decisivos da época e cair num rodopio psicológico que arraste a equipa para uma série de maus resultados. Estaremos a ser justos ao colocar toda esta pressão apenas à terceira jornada do campeonato? A ansiedade que parece existir deve-se, na verdade, a factos reais: à terceira época de Jorge Jesus, o futebol do Sporting está longe do rodopio ofensivo que sempre caracterizou as suas equipas e mais próxima de uma repetição de movimentos padronizados e previsíveis (médio-ala-cruzamento) que qualquer outro treinador poderia oferecer. Muito longe, também, daquilo que uma equipa candidata ao título precisa de fazer num campeonato bem mais difícil de vencer (todos sabem como Jesus joga, hoje em dia, e poucos parecem não saber como travá-lo, ao contrário de há uns anos para cá).
Não vencer em Guimarães não é dramático. No entanto, poderá deixar sequelas para o jogo mais importante da época: aquele que virá, a meio da semana, no ambiente hostil de Bucareste (onde tudo se encontra em aberto, com vantagem psicológica para a equipa da casa depois de ter arrancado um empate altamente imprevisível em Alvalade). Uma vitória, por outro lado, e num terreno onde o Sporting não vence há alguns anos, poderá galvanizar o grupo e dar uma outra força para o resto da época. Duas vitórias nos dois próximos jogos é tudo o que a equipa precisa para afastar fantasmas da sua cabeça e concentrar-se em meter a bola na baliza. Com balões para a área é que as coisas se tornam difíceis.
O nosso onze para hoje (com William de fora por lesão, e num jogo onde não nos surpreenderá se Jesus voltar a apostar em Bruno Fernandes para segundo avançado, ficando Adrien em campo):
Rui Patrício, Piccini, Coates, Mathieu, Coentrão, Battaglia, Bruno Fernandes, Gelson, Acuña, Podence, Bas Dost.
