O Sporting conhece muito bem Doumbia: em dois jogos de eliminatória para a fase de grupo da Liga dos Campeões, em 2015, o avançado costa-marfinense marcou três vezes pelo CSKA, mostrando-se decisivo para a qualificação da equipa russa. A partir da próxima época, fará companhia a Bas Dost, e torna-se na segunda contratação, neste defeso, com qualidade e estatuto para entrar de caras no onze inicial da equipa.
Doumbia tem características diferentes de Bas Dost, logo, traz um perfil que parece ter o suficiente para formar uma excelente dupla com o holandês: rápido, móvel, importante nas transições, é um tipo de segundo avançado a que Jesus se habituou nas suas épocas no Benfica e que, acima de tudo, marcou sempre muitos golos pelos clubes onde passou. Com os dois avançados ao melhor nível, Dost e Doumbia poderão trazer 50 golos à equipa numa só época: é essa a expectativa que o clube coloca nos jogadores e uma estatística que poderá aproximar o Sporting, de forma decisiva, da conquista do título.
A contratação de Doumbia traz outro sinal muito positivo da direcção: ao contrário dos últimos anos, o Sporting conseguiu bater a (forte) concorrência que existia pelo jogador, mostrando um nível de prospecção e, sobretudo, de capacidade financeira que é decisiva para um clube que deseja ser campeão (a mesma que faltou para trazer Mitroglou, por exemplo, para os lados de Alvalade). Em termos desportivos, cresce a concorrência para a frente de ataque, sobretudo quanto ao estatuto de Daniel Podence, que deverá surgir mais vezes nas alas. Com a chegada de (pelo menos) mais um extremo, reduz-se o espaço para Francisco Geraldes e Iuri Medeiros continuarem no clube, embora seja crível que Adrien, William ou Gelson possam não continuar em Portugal no próximo ano. Adivinham-se mais mexidas num mercado, como já dissemos, que poderá revolucionar o onze de Alvalade.